sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sóbria reflexão

Preso em seu reduto, confinado sem esperança. Sozinho, a noite parece eterna. Agora ele reza, mas o conforto não vem, sua única companhia é a dor que não passa, se pudesse ao menos levantar, mas isso para ele é impossível, pois suas feridas ainda são recentes. Talvez um herói de guerra se orgulhe das suas cicatrizes, mas o que dizer de um bêbado que por um golpe de sorte atropelou uma árvore ao invés de uma criança, não existe honra em suas ações nem motivo de orgulho, só a lembrança de uma noite de farra com direito a prostitutas e vinho barato. A única certeza que carrega agora é que cada pessoa é o que realmente tem de ser, não adianta reclamar, um vagabundo é um vagabundo porque o mundo precisa de um vagabundo, então se ele era um bêbado hedonista e inconseqüente talvez não fosse tão ruim.        

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