terça-feira, 21 de outubro de 2014

COBRANÇA


Nada levarei quando morrer. 
Aqueles que me devem, cobrarei no inferno. 

(Miguel Rio Branco)

sábado, 4 de outubro de 2014

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Apollonia Saintclair e o pecado da carne.





O artista inconfessável - João Cabral de Melo Neto




Fazer o que seja é inútil.
Não fazer nada é inútil.
Mas entre fazer e não fazer
mais vale o inútil do fazer.
Mas não fazer para esquecer
que é inútil: nunca o esquecer.
Mas fazer o inútil sabendo
que ele é inútil e que seu sentindo
não será sequer pressentido,
fazer: porque ele é mais difícil
do que não fazer, e dificilmente
se poderá dizer
com mais desdém, ou então dizer
mais direto ao leitor Ninguém
que o feito o foi para ninguém.



quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Diva - Francesca Dellera





Sem saída


Ode ao ódio



Nesse lodaçal de mediocridade,
Nesse processo de decadência,
Caminhamos rumo ao apogeu do horror...
Nesse mar de futilidade,
Nesse barco furado,
Uma tripulação cancerígena segue acorrentada a suas ilusões...
Nesse depósito de parasitas,
Nesse berço de miséria ,
O arauto da destruição alimenta-se dos escombros e anuncia:
"O caos se instalou no núcleo da terra,
Os absurdos governam o mundo,
Na existência impera o vazio."
Nesses reinos de desolação,
Onde a vida oscila entre o tédio e a dor,
 só me resta o ódio e a convicção de que as soluções para os aspectos da existência só são igualadas pela sua inutilidade.






terça-feira, 24 de junho de 2014

domingo, 15 de junho de 2014

quinta-feira, 5 de junho de 2014

domingo, 11 de maio de 2014

Minhas incertezas criaram um labirinto sem saída.

 A poltrona na qual confortavelmente eu deitava abraçado as minhas convicções, fora esquecida por longas caminhadas sem rumo, movidas pelo prazer de seguir sem direção. À deriva, divagando, levado apenas por meus passos fatigados me distanciando cada vez mais do porto em ruínas das certezas absolutas, guiado apenas pelos pontos de interrogação que se multiplicam incessantemente em meu caminho, descobri a impossibilidade de toda certeza e adquiri um nojo que impulsionava uma inevitável fuga para longe desses abismos naturalmente sem fundo que não podem levar a parte alguma. 

Adelfo



domingo, 4 de maio de 2014

Despertando

Ao acordar, são as necessidades artificiais que lhe impulsionam ao bom trabalho. É preciso ser forte o suficiente para aguentar uma provável quebra-de-braço e vencê-la o mais rápido possível, antes das oito de preferência. Ao acordar, todas as decisões de sua vida voltam para você para que possa relembrar de todas aquelas coisas que abdicou para viver de forma saudável e normal. Não há algo semelhante à compaixão nesse momento. Só o embate entre dois opostos, às vezes brutais, que têm por palco de batalha o seu cérebro recém-desperto. Toda a sua vida acaba e inicia como resultado desse embate. Sua casa, seu trabalho e sua posição social são resultados desse embate. A frágil liberdade do instante semi-desperto rapidamente vai cedendo espaço para todas as obrigações e responsabilidades que você, como um bom cidadão respeitável, tem que levar adiante. Então, já aí, tudo está decidido. Exatamente ao acordar. Depois é só automação.

Dhiego

sexta-feira, 2 de maio de 2014

MILLÔR

Poemeu Glorioso


De mim só uma coisa vai ficar:
O busto que eu mesmo fizer
Na tumba que eu mesmo cavar.

sábado, 1 de março de 2014

NASI VALADÃO



Nasi, Marcos Valadão Rodolfo nasceu em 23 de janeiro de 1962 em São Paulo, no bairro da Bela Vista.

Funda em outubro de 1981 o grupo de rock Ira! com o colega de secundário Edgard Scandurra (guitarra) e com o amigo Adilson Fajardo (baixo) para participar do I Festival Punk da PUC. A banda prossegue após show de estréia e Nasi larga a Faculdade de História na Universidade de São Paulo.

Em 1983 com O Ira! grava, inicialmente, compacto com “Pobre Paulista” e “Gritos na Multidão”. Paralelamente assume a voz do grupo paulistano Voluntários da Pátria onde estréia em LP homônimo, primeiro e único dessa cultuada banda de Art-Rock aonde permanece até o final de 1984.

Em 1985 grava o primeiro álbum do Ira! “Mudança de Comportamento” onde segue carreira até os dias de hoje.


A partir de 1986 envolveu-se com a cena primordial do rap nacional e no ano seguinte é um dos produtores de “Cultura de Rua” pela Eldorado, primeiro álbum do hip hop brasileiro. Ainda como produtor assina, na seqüência, os primeiros álbuns da dupla Thaíde e DJ Hum (“Pergunte a Quem Conhece” e “Hip Hop na Veia”).

Em 1991 funda a trupe Nasi e os Irmãos do Blues que passaria nas jams sessions no circuito noturno paulistano para uma carreira solo discográfica: 1994: “Uma Noite com Nasi e os Irmãos do Blues; 1996: “Os Brutos Também Amam”; 2000: “O Rei da Cocada Preta”.

Durante esses 15 anos, escreve com destaque seu nome no cenário do blues nacional participando de todos os festivais internacionais no Brasil tocando ao lado de lendas do gênero como Pinetop Perkins, Mat “Guitar” Murphy, Roomfull of Blues, Magic Slim, John Hammond, Wilson Picket e outros.


Em 2006, lança o elogiadíssimo “Onde os Anjos Não Ousam Pisar”. Auto – produção sem a grife Irmãos do Blues, que reúne vários convidados e outros gêneros musicais como Rap, Rock, Soul, e Baladas.

Com o fim do Ira! Nasi torna sua carreira individual definitiva e monta sua banda integrada por Nivaldo Campopiano na guitarra, Johnny Boy no Baixo, André Youssef no teclado e Evaristo Pádua na bateria, realizando uma série de shows por todo o Brasil.



O disco mais recente do cantor é "Perigoso", lançado em 2012. Com metade do repertório de faixas compostas pelo próprio Nasi e alguns parceiros e outra metade de releituras de artistas como Raul Seixas e Renato Barros.


No final de 2013 foi anunciado o retorno do Ira!, com Edgard Scandurra, Nasi e outros dois novos integrantes ainda não confirmados. Pode-se afirmar que a volta representa um novo fôlego ao Rock nacional, já há algum tempo recheado de bandas que, segundo o próprio Nasi, fazem um tipo de som denominado "rock coxinha".


Site oficial: www.nasioficial.com.br (adaptado)

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014