terça-feira, 4 de janeiro de 2011

S.O.S POESIA

A poesia anda perdida
Pobre e infértil
Nutrida de paixões plásticas
Farta de nada
Acomodada na Vila de Sossego.
              
A poesia emudeceu
Palavras no papel, apenas
Parábolas de coisa nenhuma
Corpo sem alma
Ausente de emoção.

A poesia agoniza
Necessita do caos, da loucura febril
Suplica uma canção qualquer
Um amor insano que lhe dê vida
E que se faça luz...

A. Cavalcante


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